Rede Cidadã - Trabalho Novo encerra primeira etapa com resultado positivo
Trabalho Novo encerra primeira etapa com resultado positivo
Após dois anos de muito suor e desafios, o Programa Trabalho Novo encerra sua primeira etapa com ótimos resultados. Desde janeiro de 2017, tivemos 5312 pessoas em situação de rua capacitadas para o mundo do trabalho, das quais 2406 foram contratadas por empresas.
Em setembro de 2017 teve início uma parceria com a Fundação Banco do Brasil, que fez um aporte de R$ 1,2 milhão no Programa, viabilizando o acolhimento, capacitação e acompanhamento de milhares de pessoas que viviam nas ruas da capital paulista sem nenhuma esperança de melhoria de vida.
Joelson Almeida dos Santos foi um dos primeiros contratados do grupo Verzani & Sandrini e já completou um ano e meio de trabalho. Recém-chegado das férias, onde passou 20 dias com a sua família na cidade de Esplanada, na Bahia, ele relata com orgulho as mudanças que aconteceram em sua vida. Saiu do Centro de Acolhida onde vivia e agora está em sua própria casa. Retomou contato com os filhos, fez tratamento durante um ano e conseguiu dar fim à dependência alcoólica. O jovem sonha em dar um futuro mais digno para seus dois filhos, pois não gostaria que eles passassem pela mesma situação que ele passou. Agora também está atento aos cuidados consigo mesmo, para que nada mais se desalinhe em sua vida. Para ele, todas as oportunidades foram como um renascimento. “Sou muito grato pelo que o Programa fez por mim. Sem essa oportunidade e sem esse cuidado de todos os envolvidos nada disso seria possível. Tenho orgulho do homem que me tornei e tenho orgulho do meu trabalho e de todos vocês”, disse.
O Programa Trabalho Novo foi criado em 2017 pela Prefeitura de São Paulo, para possibilitar, em um período de quatro anos, a inclusão social de 20 mil pessoas que viviam em situação de rua na capital paulista. “Não existe uma pessoa em situação de rua que não tenha uma história pra contar. E normalmente são histórias de ruptura de laços afetivos e familiares”, afirma Fernando Alves, Diretor Executivo da Rede Cidadã. “Não tenho dúvidas de que já ajudamos muitas pessoas a mudarem de vida. Mas queremos ir sempre além, desenvolvendo atividades de formação que provoquem o autoconhecimento. Com isso, queremos que as pessoas se apropriem da sua história de vida e trabalho”, conclui. Para isso, a Rede Cidadã oferece atividades que proporcionam conhecimento cognitivo e também emocional – como a educação biocêntrica e a prática da Respiração Circular, que desenvolvem atividades em grupo e vivenciais entre as pessoas atendidas.
Para Carla Rabelo, assessora da Fundação BB, a proposta cumpriu o seu papel. “Acreditamos que o projeto proporcionou muitas oportunidades para esses jovens e adultos que viviam à margem da sociedade e precisavam de um apoio para uma vida digna, com emprego e renda, regaste da autoestima e de respeito”, disse.