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Costurando esperança, Geração trabalho e renda

10 fev 2014
Costurando esperança, Geração trabalho e renda
Costureira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Cremilda da Cruz, conhecida como Dona Creuza, 54, que atualmente é vice-presidente da Cooperativa de Costureiras e Artesãs do Município de Maragojipe, conta que “Esse grupo de mulheres começou dando curso de corte e costura para mães de família e aí, as mulheres que se capacitaram permaneceram na COBEPA (Comunidade Beneficente de São Roque do Paraguaçu) prestando serviço. Logo após, demos um curso de corte e costura para jovens e adolescentes. Esses jovens aprenderam a costurar e pensaram até em montar uma cooperativa, mas o projeto não seguiu em frente”. Em contato com o Consórcio Rio Paraguaçu, compreenderam que o mercado exigia qualificação e a união em torno de uma cooperativa. Neste momento, encaminharam documentos para formalização de uma associação, mas sem apoio, o projeto não vingou.

Todavia, a semente permaneceu presente na mente e nos corações destas guerreiras que ao se depararem com o novo paradigma que está surgindo no Recôncavo Baiano, com a implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, encontraram apoio junto ao Programa Conexão. Prevendo a demanda de fardamentos que o Estaleiro necessitava, os responsáveis do Programa Conexão sugeriram que este grupo de mulheres formalizasse uma cooperativa ou associação, abrangendo o município de Maragojipe como um todo, pois tanto na sede como em outros distritos havia outras mulheres que exerciam a mesma profissão.

Com a visão empreendedora, a experiência e o dinamismo dessas mulheres, aliada com o aumento do número de participantes que estão trabalhando em rede com objetivo de dar sustentabilidade ao projeto, a ideia da cooperativa cresceu e está integrando maragogipanas e sanroquenses na Cooperativa de Costureiras e Artesãs do Município de Maragojipe, que tem como objetivo central de gerar trabalho e renda para quem deseja se qualificar e se integrar no setor de serviços e produtos, que serão consumidos pelos grandes empreendimentos instalados no município e adjacências.

A parceria formada com o Estaleiro Enseada do Paraguaçu foi essencial para a contratação do SEBRAE que realizou um conjunto de capacitações para a cooperativa, assim como promoveu a participação destas mulheres em feiras ligadas ao empreendedorismo e visitações a cooperativas e fábricas de Salvador. Outra parceria importante vem sendo estabelecida com a Prefeitura de Maragojipe que cedeu o espaço onde irá funcionar a sede da cooperativa e maquinários para impulsionar seu funcionamento tendo como compromisso, ser um futuro cliente de fardamentos escolares.

A demanda é grande e as exigências também, mas o conceito que podemos extrair deste grupo de mulheres é o da qualidade de vida com sustentabilidade e amor ao que se produz. Se pararmos para analisar friamente este projeto, perceberemos que elas estão costurando esperança e dignidade e é preciso tirar o chapéu para entender o que está acontecendo com ‘

Costurando Cultura

Além de atuarem nas demandas de fardamento no crescimento da cidade pelo Estaleiro, a Cooperativa de Costureiras e Artesãs do Município de Maragojipe também colabora para cultivar a tradição do Carnaval de Maragojipe. Criam fantasias e máscaras tradicionais, confeccionam roupas na medida certa para as quadrilhas juninas e seus integrantes e colabora para estilizar e manter as características dessa festa. Imagine uma festa de São Bartolomeu sem uma burrinha. Impossível. Sem essas profissionais não existiria a cultura local do jeito que conhecemos atualmente, portanto, é preciso valorizar essa iniciativa para que a cultura maragogipana continue firme e forte, gerando renda e trabalho e costurando cultura e esperança.