Rede Cidadã - Trabalho e inclusão

A Rede Cidadã, em parceria com a organização Micro Rainbow, de defesa dos direitos dos LGBTIs (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e interssexo), vem capacitando essa minoria e encaminhando ao mercado de trabalho. O trabalho vem dando tão certo, que fomos convidados pela Câmara Americana de Comércio – Amcham São Paulo para participarmos do evento “A Questão T no Mundo Corporativo”, realizada no dia 23 de novembro.

Cristina Saturnino, Coordenadora da Rede Cidadã em São Paulo, foi uma das palestrantes do evento. “A gente faz um esforço pra capacitar as pessoas e, do outro lado, sensibilizar as empresas para contratar essas pessoas. Não é um trabalho simples ou fácil e poucas empresas se engajam nisso”, contou ela aos presentes.

A realidade da população T (composta por travestis, transexuais e transgêneros) no Brasil é uma das mais difíceis no mundo, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais. A entidade aponta que cerca de 90% das travestis e transexuais no Brasil trabalham na prostituição, por encontrarem dificuldades em completar os estudos em função do preconceito. “Enquanto trans, temos nossa cidadania tirada muito cedo. Nossos direitos básicos são negados desde a infância e a adolescência. Então como seremos inseridas no mercado de trabalho sem termos direitos básicos?”, questiona Ariel Nolasco, técnica administrativa do Programa Transcidadadania.

“Temos que entender o outro como um humano e não como uma letra – porque ninguém é uma letra,” afirma Cristina. A Rede Cidadã acolhe a população LGBTI com o mesmo carinho com que acolhe a todos, sem distinção. Porque todos nós podemos fazer parte dessa Rede.